Teoremas de Probabilidade em Espaço Amostral Finito

Os teoremas de probabilidade são a base para entender e resolver problemas envolvendo eventos em espaços amostrais finitos. Eles ajudam a calcular probabilidades, analisar relações entre eventos e simplificar situações complexas. Neste artigo, exploraremos os principais teoremas de probabilidade, explicando cada um com detalhes e fornecendo exemplos práticos e inéditos para facilitar o aprendizado.

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Teorema do Evento Certo

A Probabilidade do Evento Certo é 1 ou 100%

O evento certo é aquele que sempre ocorre porque inclui todos os resultados do espaço amostral (S). Sua probabilidade é definida como P(S) = 1.

Exemplo 1: Lançamento de um dado

Ao lançar um dado de seis faces, qual é a probabilidade de obter um número entre 1 e 6?

Solução:
Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Evento certo: “Obter qualquer número entre 1 e 6”. P(S) = 1

Exemplo 2: Sorteio de uma bola

Uma urna contém 10 bolas numeradas de 1 a 10. Qual é a probabilidade de retirar uma bola que pertença ao conjunto S = {1, 2, 3, …, 10\}?

Solução:
Evento certo: “Retirar qualquer bola da urna”. P(S) = 1

A probabilidade é 1 porque todos os números de 1 a 10 pertencem ao espaço amostral.


Teorema da Inclusão de Eventos

Se A⊂B, então P(A) ≤ P(B)

Se A é um subconjunto de B, todos os resultados favoráveis a A também são favoráveis a B. Logo, a probabilidade de A será menor ou igual à de B.

Exemplo 1: Lançamento de dois dados

Considere o espaço amostral dos possíveis resultados ao lançar dois dados:

S={(1, 1), (1, 2), …, (6, 6)}

  • Evento A: “A soma dos números é 3”. A = {(1,2), (2,1)}.
  • Evento B: “A soma dos números é menor ou igual a 4”.
    B = {(1,1), (1,2), (2,1), (3,1), (2,2)}.

Como A ⊂ B, temos P(A) ≤ P(B)

Cálculo das probabilidades:

P(A) = 2/36,

P(B) = 5/36

P(A) = 2/36 ≤ 5/36 = P(B)

Exemplo 2: Sorteio de cartas

Considere um baralho com 52 cartas:

  • Evento A: “Tirar uma carta de copas menor que 8”. A = {2, 3, 4, 5, 6, 7} (6 cartas).
  • Evento B: “Tirar uma carta de copas”. B={Ás, 2, …, Rei} (13 cartas).

Como A ⊂ B, P(A) ≤ P(B):

P(A) = 6/52 ≤ 13/52 = P(B)


Teorema da Limitação da Probabilidade

0 ≤ P(A) ≤ 1

A probabilidade de qualquer evento A está sempre entre 0 e 1. Isso ocorre porque A é um subconjunto do espaço amostral S, e sua probabilidade nunca será negativa nem maior que 1.

Exemplo 1: Sorteio de números

Ao sortear um número de 1 a 100, qual é a probabilidade de um número ser maior que 150?

Solução:
Evento impossível: A=∅. P(A) = 0

A probabilidade é P(A) = 0 porque não há números maiores que 150 no intervalo de 1 a 100.

Exemplo 2: Lançamento de uma moeda

Ao lançar uma moeda, o espaço amostral é S={cara, coroa}:

  • Evento A: “Obter cara”.
  • Probabilidade:

P(A) = 1/2 = 0,5

Aqui, 0 ≤ P(A) ≤ 1, como esperado.


Teorema da União de Eventos

P(A∪B) = P(A) + P(B) − P(A∩B)

A probabilidade da união de dois eventos A e B é a soma das probabilidades de A e B, subtraindo a probabilidade da interseção para evitar a contagem duplicada.

 P(A∪B) = P(A) + P(B) − P(A∩B)
A probabilidade da união de dois eventos A e B é a soma das probabilidades de A e B, subtraindo a probabilidade de sua interseção (A∩B) para evitar contagem dupla.

Exemplo 1: Lançamento de dois dados

Considere o espaço amostral: S={(1, 1), …,(6, 6)}:

  • Evento A: “A soma dos números é 7”. A = {(1, 6), (2, 5), (3, 4), (4, 3), (5, 2), (6, 1)}
  • Evento B: “O primeiro dado é 5”. B = {(5, 1), (5, 2), …, (5, 6)}.

Interseção A∩B: “A soma é 7 e o primeiro dado é 5”. A∩B = {(5,2)}

Cálculo:

Exemplo 2: Seleção de alunos

Uma sala tem 20 alunos, sendo 12 meninos e 8 meninas.

  • Evento A: “Selecionar um menino”. P(A)=12/20
  • Evento B: “Selecionar alguém que use óculos” (5 meninos e 3 meninas).

P(B) = 8/20

  • Interseção: “Selecionar um menino que usa óculos”.
  • P(A∩B) = 5/20

Cálculo:

Caso Particular: Eventos Mutuamente Exclusivos

Se A∩B = ∅ (eventos mutuamente exclusivos), então: P(A∪B) = P(A) + P(B)


Teorema do Conjunto Complemento

P(AC) = 1 − P(A)

O complemento de um evento A, denotado AC, ocorre quando A não ocorre. A soma das probabilidades de A e AC é sempre igual a 1.

P(AC) = 1 − P(A)
O complementar de um evento A, denotado por AC, ocorre quando A não ocorre. A soma das probabilidades de A e AC é sempre igual a 1.

Exemplo 1: Sorteio de bolas

Uma urna contém 5 bolas azuis e 7 bolas vermelhas (12 no total).
Evento A: “Retirar uma bola azul”. P(A) = 5/12

Complemento AC: “Não retirar uma bola azul”.

Exemplo 2: Prova com questões

Em uma prova de 10 questões, um aluno responde 7 corretamente.
Evento A: “Responder corretamente”. P(A)=7/10

Complemento AC:

“Responder incorretamente”.


Conclusão

Os teoremas de probabilidade em espaço amostral finito fornecem as ferramentas essenciais para analisar eventos e calcular probabilidades. Com exemplos variados e aplicações práticas, eles se tornam um recurso indispensável para estudantes, professores e profissionais que trabalham com análise de dados e tomadas de decisão.

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