Você sabia que o número zero já foi proibido? Veja essa história incrível!

Você sabia que o número zero já foi proibido? Veja essa história incrível!

O 0 nem sempre foi bem-vindo. Em certos períodos da Idade Média, algumas cidades europeias restringiram o uso dos “algarismos arábicos” — e o zero entrou no pacote. Por quê? Medo de fraudes, desconfiança religiosa e… poder do hábito.

Arte com o número zero e registros históricos, representando a polêmica medieval sobre o 0
Imagem: a jornada do 0 — de símbolo revolucionário a “suspeito” em documentos oficiais durante a Europa medieval.

De onde veio o zero?

O zero como número (e não só como espaço em branco) floresceu na Índia por volta dos séculos V–VII. Matemáticos como Brahmagupta formularam regras de operações envolvendo o 0. Depois, o conceito viajou para o mundo árabe, ganhou o nome de ṣifr (“vazio”) e, a partir do século XII, começou a chegar à Europa pelas rotas comerciais e pelos centros de tradução.

Por que o 0 foi um divisor de águas?
• Permitiu a notação posicional (10 ≠ 1).
• Tornou cálculos longos muito mais eficientes que os feitos com números romanos.
• Abriu caminho para a álgebra e para a matemática moderna.

Quando o zero virou “suspeito”

Em plena Itália comercial (séculos XIII–XIV), cidades como Florença restringiram o uso dos algarismos “arábicos” em livros-caixa e documentos públicos. Motivos principais:

  • Fraude: temia-se que um 0 pudesse ser acrescentado (100 → 1000) ou que dígitos fossem manipulados mais facilmente do que em romanos.
  • Desconfiança cultural: o sistema era “novo” e associado ao mundo árabe; faltava alfabetização numérica.
  • Tradição burocrática: tribunais e ofícios oficiais estavam acostumados aos romanos; mudar exigia treinamento.

Na prática, mercadores continuaram usando os algarismos indo-arábicos nos cálculos do dia a dia (porque eram melhores) e convertiam para romanos quando precisavam registrar oficialmente.

Quem ajudou o zero a “vencer”

Textos como o Liber Abaci de Fibonacci (1202) popularizaram o sistema de posição e mostraram sua superioridade para comércio, câmbio e juros. Com a expansão do crédito, das feiras e da contabilidade dupla, o velho medo foi cedendo à eficiência: o 0 virou indispensável.

📒 E-book Fórmulas Matemática — Gratuito!

Relembre porcentagem, potências e notação posicional com exemplos práticos e prontos para o estudo.

➡️ Baixar E-book Fórmulas Matemática (Gratuito)

Curiosidades rápidas

Para continuar aprendendo

Conclusão

O zero foi um “forasteiro” que virou herói. De símbolo visto com desconfiança a peça central da matemática, sua história mostra como ideias poderosas podem encontrar resistência — até que a utilidade fale mais alto. Hoje, é impossível imaginar a ciência (e a economia) sem ele.


Referências sugeridas para leitura

  • Fibonacci, Liber Abaci (1202) — difusão dos algarismos indo-arábicos na Europa.
  • História da Matemática — capítulos sobre Índia clássica e matemática árabe.
  • Artigos sobre restrições ao uso de algarismos “arábicos” em cidades italianas (séc. XIII).

"Artigo escrito por"

Nos ajude compartilhando esse post 😉

Facebook
WhatsApp
Twitter
Pinterest

Veja também...

Questões

Conteúdo

Banca