Argumentação Lógica: Estrutura, Regras de Inferência e Exemplos para Concursos


5. Argumentação Lógica

A argumentação lógica é o estudo das estruturas que validam raciocínios a partir de premissas e conclusões. No raciocínio lógico, um argumento é formado por um conjunto de proposições, no qual uma proposição é a conclusão e as demais são premissas que fornecem suporte para essa conclusão.


5.1 Estrutura de um Argumento

Um argumento lógico é composto por:

  • Premissas: Proposições que fornecem o suporte para a conclusão.
  • Conclusão: Proposição final que se pretende demonstrar.

Exemplo:

  • Premissa 1: “Todos os seres humanos são mortais.”
  • Premissa 2: “Sócrates é um ser humano.”
  • Conclusão: “Portanto, Sócrates é mortal.”

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5.2 Validade de um Argumento

Um argumento é válido quando a conclusão decorre logicamente das premissas, ou seja, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão obrigatoriamente será verdadeira.

Importante: A validade do argumento independe da veracidade das premissas no mundo real; ela se refere apenas à estrutura lógica.

Exemplo de um argumento válido:

  • Premissa 1: “Todos os gatos são azuis.”
  • Premissa 2: “Tom é um gato.”
  • Conclusão: “Portanto, Tom é azul.”

Embora as premissas não sejam verdadeiras no mundo real, a estrutura do argumento é válida.

Exemplo de um argumento inválido:

  • Premissa 1: “Todos os cães são animais.”
  • Premissa 2: “Bobby é um animal.”
  • Conclusão: “Portanto, Bobby é um cão.”

Aqui o argumento é inválido, pois a conclusão não decorre necessariamente das premissas.


5.3 Formas de Argumentos Válidos (Regras de Inferência)

As regras de inferência são formas válidas de raciocínio que permitem deduzir conclusões a partir de premissas. As mais comuns são:

  1. Modus Ponens (Afirmação do Antecedente):
    Se p→q e p são verdadeiros, então qq também é verdadeiro.
    • Exemplo:
      • Premissa 1: “Se João estuda, então ele passa.” (p→q)
      • Premissa 2: “João estudou.” (p)
      • Conclusão: “João passou.” (q)
  2. Modus Tollens (Negação do Consequente):
    Se p→q e ¬q são verdadeiros, então ¬p também é verdadeiro.
    • Exemplo:
      • Premissa 1: “Se João estuda, então ele passa.” (p→q)
      • Premissa 2: “João não passou.” (¬q)
      • Conclusão: “João não estudou.” (¬p)
  3. Silogismo Hipotético:
    Se p→q e q→r , então p→r.
    • Exemplo:
      • Premissa 1: “Se chover, a rua fica molhada.” (p→q)
      • Premissa 2: “Se a rua ficar molhada, as crianças brincam em casa.” (q→r)
      • Conclusão: “Se chover, as crianças brincam em casa.” (p→r)
  4. Silogismo Disjuntivo:
    Se p∨q e ¬p, então q.
    • Exemplo:
      • Premissa 1: “Maria vai ao cinema ou estuda.” (p∨q)
      • Premissa 2: “Maria não vai ao cinema.” (¬p)
      • Conclusão: “Maria estuda.” (q)

5.4 Falácias Lógicas

Uma falácia é um erro de raciocínio que compromete a validade de um argumento. As falácias mais comuns são:

  1. Afirmação do Consequente:
    • Erro: Concluir que o antecedente é verdadeiro apenas porque o consequente é verdadeiro.
    • Exemplo:
      • “Se João estuda, ele passa. João passou, logo ele estudou.”
      • Erro: João pode ter passado sem estudar.
  2. Negação do Antecedente:
    • Erro: Concluir que o consequente é falso apenas porque o antecedente é falso.
    • Exemplo:
      • “Se chover, a rua fica molhada. Não choveu, logo a rua não está molhada.”
      • Erro: A rua pode estar molhada por outro motivo.

5.5 Exercícios de Aplicação

Exemplo 1: Identifique se o argumento é válido ou inválido.

  • Premissa 1: “Se o número é par, então ele é divisível por 2.”
  • Premissa 2: “O número é divisível por 2.”
  • Conclusão: “Portanto, o número é par.”

Resolução:
O argumento é inválido, pois a premissa 2 não garante que o número é par. Um número como 6 é divisível por 2, mas a premissa 1 fala apenas de números pares.


Exemplo 2: Qual é a conclusão válida?

  • Premissa 1: “Se a luz está apagada, então não há ninguém em casa.”
  • Premissa 2: “Não há ninguém em casa.”

Resolução:
O erro aqui seria concluir que “a luz está apagada”, pois isso é uma falácia. A condição não garante o inverso.


Conclusão

A argumentação lógica dentro da Matemática é essencial para identificar a validade dos raciocínios, especialmente em provas de concursos. Dominar as regras de inferência, como Modus Ponens e Modus Tollens, e evitar falácias lógicas garante precisão na resolução de questões. Praticar com exemplos variados ajuda a reconhecer padrões e construir argumentos sólidos.

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